Publicado por: miwi | outubro 18, 2008

[Primeiras Impressões] Persona 2: Innocent Sin

Essa semana foi agitada: não bastava o lançamento da tradução de Mother 3, também foi lançada a tradução de Persona 2: Innocent Sin. Aliás, o pessoal que traduziu Mother 3 é tão apaixonado pela franquia que fez um kit especial com artbook e chaveirinho (e mais algumas coisas) por 20 dólares e que sim, brasileiros também podem comprar. ISSO que é trabalho de fãs para fãs.

E, se o Fábio pode fazer um “primeiras impressões” de Mother 3, eu também posso fazer um de Persona 2. Consegui o jogo, apliquei o patch, transformei em eboot e fui jogar no meu PSP.

Deus, que jogo. E que tradução! A tradução está simplesmente FANTÁSTICA. Não apenas pela qualidade da tradução (que deveria servir de exemplo para muitas empresas que fazem traduções meia-bocas de seus jogos), mas pelo capricho. Um dos membros do projeto se deu ao trabalho de modificar a fonte para que ela tivesse um certo efeito 3D para facilitar a leitura. E, pelo que eu li, isso tornou o texto mais fácil de ser lido do que no Persona 2: Eternal Punishment, a sequência de Innocent Sin que chegou ao ocidente.

Trata-se de um RPG para PSX que foi lançado em 1999. Diz-se que não chegou ao ocidente por conter “temas polêmicos”. Até agora eu não vi nada de mais, mas com três horas de jogo eu sinto que mal saí da superfície da história…

Os personagens são interessantes. Os diálogos são interessantes. Os efeitos sonoros são interessantes. O sistema de batalhas foi interessante. E é ainda mais interessante ver como em 1999 já surgia um jogo tão fantástico e ver que hoje em dia os bons RPGs japoneses estão cada vez mais raros… mas em dezembro chega Persona 4… que agora eu estou com vontade de comprar.

O início da história mostra um grupo de colegiais japoneses que se vêem às voltas com uma intricada trama que envolve demônios e rumores que se transformam em realidade. Ao mesmo tempo em que trata de uma trama que você pode até já ter visto em um anime… colegiais? Demônios? Rumores? Aliás, colegiais que espalham boatos e tem seus próprios demônios? Mas, em um RPG, isso é algo que não se vê todo dia. O último jogo de colegiais que eu me lembro de ter jogado foi… o RPG de Sailor Moon para SNES.

O sistema de batalhas é ótimo: você pode conversar com os inimigos para convencê-los a formar contratos com você, dar cartas de tarô que você pode usar para invocar “personas” mais fortes ou para dar itens especiais. Você pode deixar a luta no automático, ou pode ir mudando os comandos a cada turno – o default de cada personagem é usar o mesmo golpe que foi usado no turno anterior, então você pode só mudar os golpes que precisam ser mudados. E há um comando especial para mandar todo mundo atacar. Sério, o sistema é genial – tira muito da “repetividade” em ficar apertando A cinquenta mil vezes para mandar seus personagens atacarem, e ainda o deixa mais estratégico: é melhor atacar? Usar personas para melhorar o nível dos seus personas? Tentar convencer o inimigo a lhe dar algum item?

Coloquei alguns screen-shots que eu achei na net sobre o jogo (eu estou sem o plugin para tirar screenshots no psp… preciso resolver isso uma hora :p), mas acho que um vídeo mostra melhor um pouco da qualidade da tradução:

httpv://it.youtube.com/watch?v=FYcHGJViqMQ

Em suma? Deus, trabalhos de fãs tem essa tendência maravilhosa a nos surpreenderem. É algo em que as empresas deveriam prestar mais atenção. Enquanto nós, gamers, nos maravilhamos com esses jogos que deveriam ter sido trazidos há muito tempo para o Ocidente.

Aliás, os tradutores são dedicados que já lançaram uma segunda versão do patch para resolver alguns problemas com saves que algumas pessoas estavam tendo.

Agora, se vocês me dão licença, eu tenho de voltar a jogar…


Respostas

  1. Sim, os fãs são mesmo pacientes e cuidadosos. Fazem o trabalho com o tempo que sobra, mas não possuem prazo de entrega e ainda podem estar sempre corrigindo através de patchs e betas. Já joguei algumas traduções em Pt-BR muito boas (e outras sofríveis, mas releva). Acho que vou dar uma chance pro Mother. O Persona eu joguei o Eternal Punishment e não tinha gostado na época, vai ver por que a história exigia que você soubesse dos eventos desse… Mas não sei se me animo de novo.

  2. SMT/Persona têm jogos excelentes e com umas histórias bem diferentes do que a gente encontra por aí. Foi o meu refreco numa época que estava perdendo fé nos jRPGs.

  3. MiWi, mais uma coisinha: Já temos nossa WarpGirl !

    Segue o link:

    WarpGirl – O Resultado!

    Valeu pela ajuda no processo todo!

  4. OHMYGOOOOOD!!!!!!!!

    CARA vc fez o fim de semana de uma fã de Megaten mais feliz!! E eu que já estava conformada e estudando japonês pra quem sabe daqui uns anos jogar isso. Nem acredito!! *_*

  5. Esse Persona também tem as lojas de conveniência que são todas tocadas por uma mesma família (irmãs, se não me engano), igual ao Persona 2: Eternal Punishment? Eu adoro a musiquinha que toca nessas lojinhas!

  6. Ahh eu gostei da historia mas não tenho um psp… Vai ficar pra depois…. hehehe


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